Veja como foi a edição de 2023 da Rio2C

A edição de 2023 do Rio2C, que aconteceu entre os dias 11 e 16 de abril, foi um sucesso de público. O evento, que aborda temas como criatividade, inovação, tecnologia, música e inclusão social, recebeu mais de 41 mil pessoas, público recorde para o maior evento de criatividade da América Latina.

 

Nesses seis dias de eventos, dezenas de palestras, aulas, rodas de conversas e rodadas de negociação possibilitaram o aumento do networking entre players de diversas cidades do Brasil e também do mundo.  

 

 

Foi possível também ver como a Rio2C se importa com temas de natureza social e o avanço para uma sociedade mais igualitária. 

 

A equipe da CRP Mango esteve presente e acompanhou diversas palestras. Veja abaixo como foi a edição de 2023 da Rio2C: 

 

Primeiros dias de Rio2C 

 

Os primeiros dias da edição de 2023 da conferência contaram com participações ilustres como Angélique Kidjo, importante cantora e compositora originária do Benin, país africano. A roda de conversa, que ocorreu no Global Stage, abordou seu trabalho na música e também seu papel em incentivar a inserção feminina na música em seu continente natal, através de sua fundação e da UNICEF. 

 

Além de Angélique, o primeiro dia também contou com diversas mesas e palestras, como a palestra com o secretário executivo do MinC, Márcio Tavares, a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, e o também secretário de Direitos Autorais e Intelectuais, Marcos Souza. Os palestrantes trouxeram informações e metas sobre o próximo ciclo do governo para a cultura, criatividade e inovação. 

 

No segundo dia, um evento bastante concorrido foi a palestra com o cantor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil. Na conversa, o cantor e o diretor Andrucha Waddington contaram histórias sobre o passado, a respeito da parceria memorável entre os dois, chegando até o momento atual. O músico ainda apresentou músicas ao violão, como Tempo Rei. 

 

Criadores de “Dark” falam sobre suas experiências com séries e cinema 

 

Uma das palestras mais aguardadas do evento foi, com certeza, a conversa entre os criadores de Dark, Baran Bo Odar e Jantje Friese. O casal de cineastas alemães recebeu um público bastante interessado em suas perspectivas criativas e demonstrou um pouco de sua experiência. 

 

 

Entre os temas abordados, estavam a migração do cinema para as séries em streaming, sendo Dark a primeira experiência e 1899, a segunda experiência. Segundo Baran, as séries são muito mais dinâmicas, algo bem diferente dos filmes. 

 

O casal também falou sobre o pitch realizado para conseguir o interesse da Netflix e como foi criar uma pequena sinopse que tornasse a série interessante. Enquanto a série se encaminha para temas que envolvem mecânica quântica e multiversos, o pitch abordava muito mais a questão pessoal e familiar, sobre crianças desaparecendo, algo que é muito mais impressionante a priori. 

 

Outro ponto que chamou muita atenção foi a nova tecnologia com a qual 1899 foi realizada. Gravada em sua maior parte no estúdio Babelsberg, na Alemanha, o projeto contou com o apoio do Dark Bay, um gigantesco palco com telas de LED que realizam a projeção do conteúdo para criar cenários. O vídeo exibido mostra como telas verdes e projeções com chroma key podem se tornar algo do passado em breve. Saiba mais sobre o Dark Bay aqui. 

 

Outro painel de bastante interesse pela manhã foi sobre os limites da inteligência artificial com moderação de Joice Niskier. Os palestrantes Luiz Franca, Fernando Martins, Fabio Gandour e Cezar Taurion, renomados na área da pesquisa e detentores de diversas patentes no mercado americano, abordaram quais os limites para a IA e como ela já se comporta, o que são redes neurais e o BIAS dos robôs (ou seja, a distorção que as máquinas apresentam a partir de sua programação). 

 

 

Os pesquisadores afirmaram que dificilmente a IA vai conseguir operar sem a ajuda de humanos no futuro próximo, sendo necessário o auxílio. Porém, foram apresentados dados que mostram que a evolução tecnológica só vai acelerar e que é preciso entender o papel dela no futuro. 

 

A Braba sou Eu: veja como foi a palestra com a Ludmilla 

 

Possivelmente, a palestra mais concorrida do evento, a conversa com a cantora e empresária Ludmilla, chamou a atenção pelas perspectivas de inserção do seu estilo musical dentro de uma sociedade onde mulheres ainda tem pouco espaço, especialmente durante seu início no funk. A cantora, que já acumula mais de 1 bilhão de plays no Spotify, contou sobre eventos em que era a única mulher e como sua chegada possibilita uma nova abertura. 

 

Outro lado bastante importante abordado foi sobre a sexualidade, já que a ganhadora do Grammy Latino é abertamente homossexual, sendo casada com uma de suas dançarinas, a influenciadora e ex-participante do BBB Bruna Gonçalves. Sendo uma das primeiras a assumir a sua sexualidade, ela rompeu diversos tabus e se tornou exemplo para uma sociedade mais inclusiva. 

 

 

No bate-papo, a cantora falou sobre seu papel na condução do marketing de seus lançamentos e como seu feeling sobre cada questão dita os lançamentos. Foi revelado que o seu último álbum, Vilã, foi lançado de forma apressada, mas que irão acontecer novos lançamentos para trabalhar uma nova estratégia e alcançar os resultados desejados por ela. 

 

Ainda falando sobre música, a sala Soundbeats (que contou com o cantor de pagode Dilsinho na parte da manhã) contou com uma interessante conversa sobre a transformação dos artistas em marcas e a possibilidade dos creators se tornarem fortes divulgadores de produtos, ganhando mais com isso. 

 

Os palestrantes Malu Barbosa da Music2Mynd, Eduardo Jardim Sena do Mangolab, Clarisse Medeiros do Quinto Andar, Simone Mizrahi da IZAZ e manager da Duda Beat e o moderador Hiro, gerante do SoundOn, trouxeram perspectivas sobre o uso de artistas para marcas e, ao mesmo tempo, como os artistas podem se fortalecer para poder conseguir atrair essas mesmas marcas. 

 

A importância do produto e da apresentação foram ressaltadas de forma constante, especialmente nos exemplos mostrados da cantora Duda Beat, que é uma das preferidas do mercado publicitário no momento. 

 

Palestra com Seu Jorge chama a atenção para nova série de Anderson Silva 

 

Iniciando o Global Stage na sexta-feira, a conversa com Dario Turovelzky, general manager da Paramount em toda América do Sul, abordou diversas séries como Yellow Jackets e Yellowstone, abordando aspectos da capacidade transmídia da Paramount. Isto é, foi falado sobre com o conglomerado consegue criar uma rede de canais de TV, streamings e merchandising para alavancar os seus produtos. 

 

Neste sentido, Dario trouxe a perspectiva dos novos caminhos multiplataforma da Paramount, que aposta em seu streaming pago, o Paramount+, e a Pluto TV, seu streaming gratuito. Com isso, a companhia consegue atingir um público muito maior. 

 

Como não podia deixar de ser, a grande estrela da palestra foi o cantor, compositor e ator Seu Jorge, um dos personagens principais na mais nova produção da Paramount: a série biográfica sobre o lutador de MMA e grande campeão Anderson Silva chamada de “Spider”. O cantor interpreta o tio de Anderson, Benedito, um dos grandes responsáveis pelo jovem ter se mantido na linha e virado lutador. 

 

 

Além de contar sobre a experiência na série, Seu Jorge falou sobre sua carreira na música, a dificuldade de adaptar Ain’t no Sunshine (tema da série Spider) e contou episódios sobre seu começo, a ajuda de Frejat (ex-líder do Barão Vermelho) e como ficou amigo do lutador Anderson Silva na vida real. 

 

Logo após a palestra, houve um interessante encontro sobre um dos businesses que mais crescem no Brasil: o ramo dos e-sports. Contando com os CEOs da Loud, MiBR e Fúria e também com a apresentadora, influencer e streamer Nyvi Stephan, foi possível ver os caminhos que trouxeram os jogos eletrônicos competitivos até o momento atual, com torcida e gerando uma comunidade rentável. 

 

Os participantes também debateram as nuances de cada time e como o cenário se favorece de uma união entre os times, além da possibilidade de começar a investir fora do mundo digital. Neste sentido, o CEO da Fúria mencionou o sonho ainda distante de ter um time de futebol próprio. 

 

O potencial criativo da Favela por Regina Casé, Zé Ricardo e Preto Zezé 

 

Na parte da tarde, o auditório ficou novamente lotado para assistir uma palestra sobre um tema bastante importante: a necessidade de inclusão da favela e seus moradores na inovação, na economia criativa e na cultura, especialmente por uma perspectiva integradora e não higienista.  

 

Uma frase muito forte dita pelos participantes foi “Favela é potência, não é carência”, representando a necessidade de um olhar positivo sobre a vida nas comunidades, cariocas ou não.

 

 

Durante a conversa, foi ressaltada a importância de arrecadar investimentos e ampliar espaços para quem vem das favelas, indo bem além do funk ou pagode. Um exemplo foi o Palco Favela no Rock In Rio, que mesmo nos dias dedicados ao rock ou metal, tem bandas vindas das comunidades, pois elas também existem nessas regiões, apesar de sofrerem preconceito de quem vem de regiões mais ricas da cidade. 

 

Ainda durante o encontro, a apresentadora e atriz Regina Casé contou histórias sobre sua atuação durante o Central das Periferias e Periferia pelo Mundo, mostrando como existe uma similaridade, mesmo entre países tão diferentes como Brasil e França. 

 

Na sequência da palestra, um encontro bastante interessante sobre o futuro da música reuniu diversos espectadores na sala Soundbeats. Com o tema Musicverse, responsáveis pela Sony, ECAD e outras empresas debateram sobre como identificar as músicas no novo momento dos streamings e como a IA pode ajudar, garantindo o recebimento dos direitos. 

 

Outro ponto relevante foi sobre como o metaverso pode ser utilizado, favorecendo a exibição de apresentações ou itens exclusivos, que podem ser adquiridos como uma forma mais justa do NFT, que vem sendo motivo de debate sobre consumo no momento. 

 

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A CRP Mango é uma agência de marketing digital, tecnologia e e-commerce que conta com mais de 20 de experiência em entregar resultados para os seus clientes, como a Rio2C, a L’Oréal, a Hartmann Brasil, entre dezenas de outras empresas e organizações.

 

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