27/04/2023
Hoje, dia 27 de abril, é comemorado o Dia das Meninas nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com os objetivos de mostrar o valor das mulheres na área e encorajar mais meninas a planejarem carreiras no setor.
Segundo a ONU, o Dia Internacional das Meninas em Tecnologia da Informação e Comunicação serve como um chamado para que governos, indústria, empresas e instituições acadêmicas desenvolvam estratégias para dar material e apoio necessários para as meninas que queiram seguir na carreira de TIC.
Constantemente, mulheres são desmotivadas a seguirem na carreira da tecnologia, ouvindo falas como “Lugar de mulher é…”, “Mulheres são melhores para humanas que exatas”, “Isso é coisa de homem…” e muitas outras. Isso torna difícil para mulheres irem para a área, com o desestímulo na família, escola e até na mídia.
Nesse artigo, você irá entender melhor sobre a participação da mulher no ramo das Tecnologias de Informação e Comunicação e irá conhecer algumas mulheres que fizeram história na área.
Continue lendo e saiba mais.
Primeiramente, vamos entender a participação atual das mulheres no ramo das TICs. De acordo com o Relatório de Ciências divulgado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em fevereiro de 2021, em todo o mundo, as mulheres representavam 40% dos graduados em Ciência da Computação e Informática.
Já segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, as mulheres ainda representavam apenas 20% da força de trabalho na tecnologia no Brasil. A porcentagem foi confirmada pelo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita com mais de 580 mil profissionais de TI que atuam no Brasil e no mundo.
No entanto, esse cenário deve mudar em breve. Para se ter ideia, nos últimos cinco anos, a atuação feminina no setor saiu de 27,9 mil para 44,5 mil em 2019, um crescimento de 60%, como mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Embora ainda sejam minoria, as mulheres têm conquistado seu espaço aos poucos no ramo de tecnologia e computação e, ao longo da história, fizeram contribuições fundamentais que revolucionaram a área.
Confira abaixo algumas mulheres que deixaram sua marca na história da computação:
Uma das precursoras das ciências da computação, seu trabalho estava relacionado à metodologia de cálculo de uma sequência de números de Bernoulli, sequências de racionais com operações altamente complexas. O único problema encontrado por Lovelace, na época, é que ela simplesmente não possuía o maquinário necessário para colocar seus estudos à prova. Seu algoritmo, entretanto, foi provado como correto anos depois de seu falecimento. Ela foi considerada a primeira programadora da história.
Primeira mulher a se formar PhD em matemática, além de ter sido a primeira almirante da marinha dos EUA. No campo da tecnologia, ela foi uma das criadoras do COBOL. Sua história mais famosa é a que remonta à popularização do termo “bug” para indicar problemas em software. Hopper também criou linguagens de programação para o UNIVAC, o primeiro computador comercial fabricado nos Estados Unidos. “É mais fácil pedir perdão do que permissão”, dizia ela.
Considerada a primeira mulher a receber um doutorado em ciências da computação, ela trabalhava em oficinas de informática enquanto a indústria ainda era menos do que incipiente. Sua contribuição foi fundamental na criação da linguagem de programação BASIC, criada com fins didáticos e utilizada por décadas. Ela enxergou desde cedo o potencial dos computadores como uma ferramenta educacional e voltada para o desenvolvimento humano, tanto que sempre trabalhou na área do ensino, fundando um departamento de ciências da computação, o qual permaneceu dirigindo até seu falecimento. Ela também foi uma das primeiras vozes pela inclusão das mulheres no ramo da informática.
Sammet foi a criadora de uma das primeiras linguagens computadorizadas existentes. O FORMAC era utilizado para manipular fórmulas matemáticas e auxiliar em cálculos complexos. Por causa de seus conhecimentos em matemática e informática, ela trabalhou durante 27 anos na IBM, que por muito tempo foi a empresa símbolo dessa indústria em todo o mundo. Ela também teve influência importante na criação do COBOL e participou de diversas entidades voltadas à inclusão das mulheres na indústria da tecnologia. Sammet também presidiu a ACM (Associação para Maquinaria de Computação, na tradução do inglês), uma iniciativa voltada para o uso da informática em projetos científicos e educacionais.
Fonte: https://www.prisma.cefetmg.br/
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