Como foi o Universo TOTVS 2023?

Esse foi o nosso primeiro ano nesse evento sobre tecnologia e negócios. 

O Universo TOTVS é realizado pelos nossos parceiros da Agência TOTVS, maior empresa de tecnologia do Brasil e desenvolvedora de diversos softwares pensados no mercado.  

 

O evento aconteceu nos dias 28 e 29 de junho em São Paulo e contou com mais de 12.000 visitantes, 250 parceiros e cerca de 400 palestrantes. Tivemos muitas trocas de conhecimento, revimos parceiros e amigos, conhecemos novas pessoas; tudo regado a muito café.  

 

 

Com tantos painéis interessantes, foi difícil escolher apenas um para acompanhar, e mesmo com a equipe se dividindo para aumentar os conhecimentos com cada tema, a vontade era de conseguir participar de todos ao mesmo tempo.  

 

Garantimos que o termo mais comentado na maioria das palestras e entre os visitantes eram ChatGPT e Inteligência Artificial. Essas palavras estão há um tempo nos trending topics, pois é de fato o assunto do momento mesmo para quem não está inserido no mundo tecnológico.  

 

Uma das palestras que acompanhamos é a do Elemar Jr., fundador e CEO da EximiaCo que comentou sobre a arquitetura de software em tempos de ChatGPT. Logo no início, ele perguntou quem, dos visitantes presentes na arena, já havia utilizado a ferramenta e a esmagadora maioria levantou a mão. “Estamos vivendo um limiar da história”, disse Elemar ao iniciar sua apresentação.  

 

Ele trouxe diversos insights sobre o uso da ferramenta e como ela pode contribuir para o dia a dia do arquiteto de software, da equipe de desenvolvedores e como pode impactar nos negócios da empresa. Resumindo, o ChatGPT é uma excelente ferramenta se souber utilizá-la e “ensiná-la” como responder assertivamente e atender as expectativas de uma determinada tarefa, como a criação de um código e ajuda com textos para passar uma demanda para o time de desenvolvedores. “Usar [o ChatGPT] como oráculo não é uma alternativa”, completa Elemar.  

 

 

E, como a tecnologia está envolvida em diversas áreas, como negócios e e-commerce, participamos de um bate-papo com Marcelo Fischer, da Shopify Eduardo Costa, CEO da Hangloose, Erico Scorpioni, CEO da CheckStore e Thiago Alvisi, CEO da CoffeMais.  

 

Nessa conversa, mediada por Fischer, eles trouxeram insights importantes para aqueles que estão em busca de parceiros para criarem seus sites de e-commerce, a facilidade que algumas ferramentas promovem, migrações entre plataformas e o impacto de novas tecnologias nas vendas.  

 

Além de comentarem que uma tecnologia acessível facilita o processo de criação e entendimento de gerir um e-commerce de forma mais autônoma e conseguir trocar ideias com parceiros, eles trouxeram que as redes sociais são importantes para se conectar com o público, mas de que nada adianta ter uma vitrine boa e uma página que não entrega vendas. Fischer afirma que o “futuro do e-commerce é descentralizado”, pois é preciso pensar em todos os pontos que envolvem o site. 

 

 

E teve mais informações no segundo dia do evento 

No dia 29, último dia do Universo TOTVS, acompanhamos a palestra principal do dia: varinhas, sabres de luz e o poder da narrativa, com Eduardo Lima (Cocriador gráfico de Harry Potter e cofundador do Studio MinaLima), Pablo Hidalgo (Executivo Criativo Sênior da Lucasfilm Ltd.) e, como mediador do bate-papo, Marcelo Forlani (Cofundador do Omelete e da CCXP).  

 

A conversa flui perfeitamente bem sobre dois universos famosos da ficção, Harry Potter e Star Wars. Eduardo e Pablo comentaram sobre seus trabalhos e como a narrativa textual e visual são importantes para a criação de qualquer história, principalmente se tiverem coesão e conexão com os sentimentos humanos.  

 

“É preciso pensar como o personagem e na jornada para criar o design gráfico”. Eduardo Lima citou que, para pensar e criar a Hogwarts no comando do Professor Snape, foi preciso pensar como ele e estudar toda a jornada do personagem nos filmes e livros para criar o elemento visual daquelas cenas.  

 

Para Pablo, não basta pensar apenas na jornada dos personagens, é preciso ter “honestidade e autenticidade na narrativa”. Pablo exemplifica com a jornada de Luke Skywalker, em que se manteve fiel à sua narrativa inicial mesmo nos últimos filmes da trilogia, pois “é preciso manter o legado”.  

 

Ao serem questionados sobre as redes sociais serem tóxicas, Eduardo responde com um efusivo sim e Pablo responde entre risos que sim, mas que consegue não se importar com os comentários que lê. No assunto tecnologia e IA, Pablo é mais otimista com o seu uso e diz não ter medo. “Pode ajudar a organizar ideias e contribuir se souber usar”, completa. Eduardo, por sua vez, diz que se sente preocupado com a criação de imagens e como isso pode se aperfeiçoar e afetar diretamente a criação, mas que seriam “imagens sem emoção e alma.” 

 

Para fechar as palestras que acompanhamos, Miguel Nicolelis (Neurocientista) e Jean Da Rolt (Pesquisador em Inteligência Artificial e Nanoeletrônica), com a mediação de Vincent Goetten (Diretor do TOTVS Labs), comentaram sobre a Inteligência Artificial sob um aspecto de pesquisas, inovação e neurociência.  

 

Essa palestra foi uma das mais reflexivas que acompanhamos, pois Nicolelis trouxe uma perspectiva realista sobre a tecnologia e como ela afeta a humanidade desde os anos 1940 com a criação do computador por Alan Turing.  

 

Um dos dados apresentados foi que o ChatGPT atingiu 1 milhão de usuários ativos em cinco dias de lançamento e como essa nova tecnologia, a IA generativa, pode marcar uma nova revolução na humanidade. “A sociedade precisa ficar atenta ao comportamento das empresas”, afirma Jean ao ser questionado sobre os avanços das pesquisas das empresas com a nova tecnologia.  

 

 

Um dos estudos citados por Nicolelis é de que 1 em cada 7 pessoas no mundo tem problemas com o sistema nervoso e o uso massivo de tecnologias, como celulares, redes sociais e até mesmo o GPS, tem impactado na fisiologia humana. Ele comenta que o cérebro é adaptável e, assim como conseguimos, como humanidade, nos adaptar a diversas mudanças na história, estamos mudando para nos adaptar às que estão por vir e completa dizendo que “as pessoas não sabem que viraram commodities”.  

 

Resumidamente, a tecnologia não irá embora e é preciso cuidado e responsabilidade em seu uso independentemente da área de atuação. E fica a reflexão para você, leitor, sobre os avanços tecnológicos com um olhar para a sociedade e humanidade.  

 

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